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DIU deslocado ou mal posicionado (2a. parte)

Por que o DIU se desloca? Às vezes ele não se deslocou, mas ficou mal inserido, distante do fundo da cavidade uterina. Isso é mais frequente em úteros com retroversão (virados para trás) acentuada e em nuligestas (mulheres sem filhos), devido à maior dificuldade na inserção. Outras vezes o DIU ou Mirena não cabe dentro da cavidade uterina. É uma questão de geometria. Por isso, em mulheres que não têm filhos é imperativo medir a distância entre o orifício interno do colo uterino e o fundo da cavidade. Se ele for maior do que esta distância, não vai caber e vai ser expulso e causar muitos efeitos colaterais. O DIU grande demais para a cavidade pequena, se não for expelido, pode inscrustar no miométrio, resultando em desconforto do paciente, sangramento e pode até avançar para perfurações. Para se ter uma ideia, o comprimento do T de cobre é de 36mm e do Mirena 32mm. Pesquisadores americanos mostraram que há uma grande variação individual no tamanho e na forma

DIU DESLOCADO OU MAL POSICIONADO (1ª. parte)

Algumas vezes num Ultrassom pélvico de rotina ou porque a usuária tinha algum sintoma, o laudo descreve que o DIU está mal posicionado. Às vezes também no exame ginecológico de rotina os fios do DIU não estão visíveis. E aí? Pode ser DIU mal posicionado. Um DIU mal posicionado pode ser descrito como:  - localizado no segmento uterino inferior ou já no canal do colo do útero - rodado - incrustado no miométrio - parcialmente expelido através do colo uterino - perfurando o útero, parcial ou totalmente - expulso, totalmente na vagina DIU PERFURANDO O ÚTERO Não há um consenso de quantos milímetros poderia estar o DIU distante do fundo da cavidade. 10, 20, 30 mm? Em realidade não existem estudos adequados para esta avaliação. Nossa posição – junto com outros pesquisadores – é de que esta distância não é tão importante, desde que o DIU de cobre esteja acima do orifício interno do colo uterino. Um DIU mal posicionado facilitar uma gravidez?  Se o DIU “mal posicion

Tudo o que você precisa saber sobre candidíase

O que é? A candidíase vulvovaginal é uma infecção comum que ocorre quando há crescimento anormal do fungo chamado Candida sp . Embora a Candida esteja presente em algumas mucosas do corpo em pequenas quantidades (ex: vagina, intestino, cavidade oral), eventualmente ocorre um desequilíbrio e ela se multiplica. Exemplos: quando a vagina está mais ácida do que o normal, em caso de desequilíbrio hormonal e baixa imunidade. A candidíase é a segunda infecção vaginal mais frequente, só inferior à vaginose bacteriana, sendo que ¾ das mulheres adquirirão a infecção em alguma fase da vida. Pesquisa por nós efetuada no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais mostrou que cerca de 20% das mulheres tinham candidíase. Destas, cerca de ¼ apresentavam a moléstia por Candida não-albicans, que é uma espécie de Candida mais resistente. Quais são os sintomas? Os mais comuns são: coceira, ardor, vermelhidão na vulva, dor ou incômodo na relação sexual e corrimento tipo “n

Como atua o Mirena?

Logo após sua inserção, o Mirena passa a liberar 20 mcg/dia do progestogênio chamado  levonorgestrel .    O  levonorgestrel é um progestogênio amplamente utilizado em ginecologia: como componente progestogênico em contraceptivos orais e na terapia de reposição hormonal ou isoladamente para contracepção em pílulas contendo somente progestógeno e implantes subdérmicos.    Ao contrário dos hormônios liberados por outras vias de administração, no   DIU hormonal  o levonorgestrel  é liberado diretamente na cavidade endometrial (dentro do útero), com pouca ação em outras partes do organismo. Esta ação hormonal local inibe a proliferação do endométrio o qual com o tempo vai se afinando e "secando". Por este motivo na maioria das usuárias ocorre uma diminuição do volume e duração da menstruação e em muitas usuárias ela é interrompida. Isso explica porque o Mirena é também indicado para tratamento de diversos quadros de sangramento uterino anormal, como na adenomiose.   Ou

OSTEOPOROSE – CUIDE-SE

A osteoporose é caracterizada pela diminuição da massa óssea. É uma condição de ossos finos e frágeis que lhes permite quebrar mais facilmente. A osteoporose tem uma prevalência cinco vezes maior em mulheres do que em homens e é progressiva, silenciosa e ocorre principalmente após a menopausa. Por quê? Principalmente por causa do desequilíbrio hormonal desse período, que resulta principalmente na queda da produção de estrogênio. Já os homens continuam a produzir a testosterona durante muitas décadas, prevenindo a perda óssea. Existem outros fatores, tais como o hiperparatireoidismo primário, que favorece o aparecimento da osteoporose. A osteoporose é silenciosa: não causa dor, ou seja, muitas pessoas só a descobrem quando há alguma fratura. A osteoporose induz às fraturas , com a consequente perda de função e mobilidade e, consequentemente, apresentam uma carga significativa para o paciente, a família e a sociedade. A morbimortalidade é especialmente alta

“Ferida”do colo do útero

O que é “ferida”do colo do útero? O colo do útero é a parte do mesmo que está situado no fundo da vagina. É a ponta do útero, como se fosse a ponta de uma pera. Através dele passa o canal cervical, que comunica o interior do corpo do útero (cavidade uterina) com a vagina. É por onde passa o sangue menstrual, e no parto normal, por onde passa o bebê. O canal cervical tem uma saída do lado da vagina e outra do lado de dentro da cavidade uterina. Elas são chamadas de orifícios externo e interno, respectivamente. A chamada “ferida” do colo do útero é chamada de ectopia pelos médicos e significa apenas a saída do epitélio (tecido) que recobre o canal cervical para fora do orifício externo do colo, substituindo parte do epitélio natural do colo uterino. Este epitélio do canal é formado por tecido glandular e é rugoso e avermelhado, ao contrário do epitélio do colo uterino, que é liso e róseo, daí seu nome popular de “ferida”. Em realidade esta ectopia não é uma doença e sim a presen