Logo após sua inserção, o Mirena passa a liberar 20 mcg/dia do
progestogênio chamado levonorgestrel.
O levonorgestrel é um progestogênio
amplamente utilizado em ginecologia: como componente progestogênico em
contraceptivos orais e na terapia de reposição hormonal ou isoladamente para
contracepção em pílulas contendo somente progestógeno e implantes subdérmicos.
Ao contrário dos hormônios liberados por outras vias de administração,
no DIU hormonal o levonorgestrel é liberado
diretamente na cavidade endometrial (dentro do útero), com pouca ação em outras
partes do organismo. Esta ação hormonal local inibe a proliferação do
endométrio o qual com o tempo vai se afinando e "secando". Por este
motivo na maioria das usuárias ocorre uma diminuição do volume e duração da
menstruação e em muitas usuárias ela é interrompida. Isso explica porque o
Mirena é também indicado para tratamento de diversos quadros de sangramento
uterino anormal, como na adenomiose.
Outro efeito desse hormônio é o espessamento do muco cervical. Com isto,
os espermatozoides encontram uma barreira física que impede a
passagem dos mesmos para dentro da cavidade uterina.
A somatória desses efeitos tem como consequência uma ação de barreira e espermicida
intensa, tornando o Mirena um contraceptivo altamente eficaz (99,8%) e que,
apesar disso, não interfere na fertilidade futura.
A função ovariana é preservada, com a produção de estrogênio
permanecendo dentro dos valores normais para mulheres em idade fértil.
O Mirena não previne contra DST. Os únicos métodos que oferecem proteção
contra as DSTs são os métodos de barreira (preservativos masculinos e
femininos).
Mestre em Saúde da Mulher (UFMG)
Master in Public Health (Harvard University)
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