O que é?
A candidíase vulvovaginal é uma infecção comum que ocorre quando há crescimento anormal do fungo chamado Candida sp. Embora a Candida esteja presente em algumas mucosas do corpo em pequenas quantidades (ex: vagina, intestino, cavidade oral), eventualmente ocorre um desequilíbrio e ela se multiplica. Exemplos: quando a vagina está mais ácida do que o normal, em caso de desequilíbrio hormonal e baixa imunidade.
A candidíase é a segunda infecção vaginal mais frequente, só inferior à vaginose bacteriana, sendo que ¾ das mulheres adquirirão a infecção em alguma fase da vida.
Pesquisa por nós efetuada no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais mostrou que cerca de 20% das mulheres tinham candidíase. Destas, cerca de ¼ apresentavam a moléstia por Candida não-albicans, que é uma espécie de Candida mais resistente.
Os mais comuns são: coceira, ardor, vermelhidão na vulva, dor ou incômodo na relação sexual e corrimento tipo “nata de leite”.
O homem tendo contato com uma mulher com candidíase poderá sentir coceira, vermelhidão e ardor no pênis.
A candidíase não é considerada uma Doença Sexualmente Transmissível, ou seja, a não ser em raríssimos casos ela não é transmitida entre os parceiros. O homem dificilmente é portador da Candida. No entanto, na fase aguda da candidíase é conveniente evitar-se relações sexuais. Sendo assim, a infecção por Candida poderá surgir por um super-crescimento induzido por algumas condições:
- Uso de antibióticos (principalmente amoxicilina, clavulanato)
- Uso de corticoides
- Uso de roupas apertadas e sintéticas
Como se previne a candidíase?
Tudo que evite as condições acima citadas evitará o a multiplicação da Candida e o surgimento da candidíase. Um dos fatores mais comuns hoje em dia é o uso de roupas inadequadas: calça jeans, calcinhas de tecido sintético, legs. Nas praias também é comum o uso de biquínis de tecido sintético, apertados e que ficam úmidos e usados por longas horas. É por isso que muitas pessoas que voltam das praias apresentam candidíase, além do fato da areia da praia conter esporos (sementinhas) da Candida, que contaminarão as mulheres alguns dias após o contato.
Como se trata a candidíase?
Hoje em dias existe um número enorme de medicamentos por via oral e cremes vaginais com boa ação sobre a candidíase. O tratamento varia de um a sete dias. O índice de cura chega a 80% dos casos. É importante a abstinência sexual durante sete dias.
O tratamento deve ser baseado num diagnóstico preciso, por que muitas vezes outras doenças apresentarão sintomas parecidos e o tratamento não surtirá efeito.
O parceiro na maioria das vezes não precisará de tratamento, a não ser se ele apresenta irritação peniana.
Por que a candidíase reaparece com frequência?
Algumas mulheres apresentam recorrência (+ de três episódios por ano). Muitas destas são por continuarem apresentando os fatores predisponentes. Outras por apresentarem a Candida não-albicans, que, como já foi escrito acima, é mais resistente do que a Candida albicans, a espécie mais comum. Outras apresentam um tipo de alergia, que faz com que tenham sintomas, mesmo sem um super-crescimento do fungo.
Estes casos merecem um estudo mais aprofundado para um tratamento mais adequado.
Palavras chaves: candidíase, Candida, Candida não-albicans, recorrência, infecção vaginal.
Prof. Antônio Aleixo Neto
Mestre em Ginecologia - UFMG
Mph (Master in Public Health) - Harvard University
(c) Todos os direitos reservados.
A candidíase vulvovaginal é uma infecção comum que ocorre quando há crescimento anormal do fungo chamado Candida sp. Embora a Candida esteja presente em algumas mucosas do corpo em pequenas quantidades (ex: vagina, intestino, cavidade oral), eventualmente ocorre um desequilíbrio e ela se multiplica. Exemplos: quando a vagina está mais ácida do que o normal, em caso de desequilíbrio hormonal e baixa imunidade.
A candidíase é a segunda infecção vaginal mais frequente, só inferior à vaginose bacteriana, sendo que ¾ das mulheres adquirirão a infecção em alguma fase da vida.
Pesquisa por nós efetuada no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais mostrou que cerca de 20% das mulheres tinham candidíase. Destas, cerca de ¼ apresentavam a moléstia por Candida não-albicans, que é uma espécie de Candida mais resistente.
Quais são os sintomas?
Os mais comuns são: coceira, ardor, vermelhidão na vulva, dor ou incômodo na relação sexual e corrimento tipo “nata de leite”.
O homem tendo contato com uma mulher com candidíase poderá sentir coceira, vermelhidão e ardor no pênis.
Como se “pega“ a candidíase?
A candidíase não é considerada uma Doença Sexualmente Transmissível, ou seja, a não ser em raríssimos casos ela não é transmitida entre os parceiros. O homem dificilmente é portador da Candida. No entanto, na fase aguda da candidíase é conveniente evitar-se relações sexuais. Sendo assim, a infecção por Candida poderá surgir por um super-crescimento induzido por algumas condições:
- Uso de antibióticos (principalmente amoxicilina, clavulanato)
- Uso de corticoides
- Uso de roupas apertadas e sintéticas
- Imunodeficiências: ex: AIDS. Lembramos que o estresse crônico também pode baixar a resistência e as defesas naturais do organismo
- Gravidez
- Uso de hormônios
- Excesso de relações sexuais
- Uso de hormônios
- Excesso de relações sexuais
Como se previne a candidíase?
Tudo que evite as condições acima citadas evitará o a multiplicação da Candida e o surgimento da candidíase. Um dos fatores mais comuns hoje em dia é o uso de roupas inadequadas: calça jeans, calcinhas de tecido sintético, legs. Nas praias também é comum o uso de biquínis de tecido sintético, apertados e que ficam úmidos e usados por longas horas. É por isso que muitas pessoas que voltam das praias apresentam candidíase, além do fato da areia da praia conter esporos (sementinhas) da Candida, que contaminarão as mulheres alguns dias após o contato.
Como se trata a candidíase?
Hoje em dias existe um número enorme de medicamentos por via oral e cremes vaginais com boa ação sobre a candidíase. O tratamento varia de um a sete dias. O índice de cura chega a 80% dos casos. É importante a abstinência sexual durante sete dias.
O tratamento deve ser baseado num diagnóstico preciso, por que muitas vezes outras doenças apresentarão sintomas parecidos e o tratamento não surtirá efeito.
O parceiro na maioria das vezes não precisará de tratamento, a não ser se ele apresenta irritação peniana.
Por que a candidíase reaparece com frequência?
Algumas mulheres apresentam recorrência (+ de três episódios por ano). Muitas destas são por continuarem apresentando os fatores predisponentes. Outras por apresentarem a Candida não-albicans, que, como já foi escrito acima, é mais resistente do que a Candida albicans, a espécie mais comum. Outras apresentam um tipo de alergia, que faz com que tenham sintomas, mesmo sem um super-crescimento do fungo.
Estes casos merecem um estudo mais aprofundado para um tratamento mais adequado.
Palavras chaves: candidíase, Candida, Candida não-albicans, recorrência, infecção vaginal.
Prof. Antônio Aleixo Neto
Mestre em Ginecologia - UFMG
Mph (Master in Public Health) - Harvard University
(c) Todos os direitos reservados.