Em tese não há limite de idade em que a mulher possa tomar a
pílula anticoncepcional. Pode tomar até os 50 anos e até mais. A condição é que
ela tenha uma boa saúde e não tenha alguma condição médica que aumente o risco
de seu uso, como, por exemplo: obesidade, diabetes, hipertensão, enxaquecas com
aura, uso de determinados medicamentos, tabagismo; entre outras.
Isto não significa que outros métodos talvez fossem mais
práticos nessa faixa etária, como o DIU, por exemplo. No entanto, é preciso ser
realista e reconhecer que – apesar dos avanços na saúde pública – milhares ou
milhões de mulheres não tem acesso a outro método que não a pílula anticoncepcional.
Podemos inclusive ponderar sobre algumas vantagens desse uso
na pré-menopausa: redução dos sintomas vasomotores (fogachos), diminuição da
perda óssea, regularidade menstrual e prevenção de hemorragias e diminuição do
risco da incidência do câncer do ovário e do endométrio.
E por que se preocupar com a contracepção nessa faixa
etária? Porque, com as respeitosas exceções, esta é uma idade em que a maiorias
das mulheres já têm sua prole definida, têm um trabalho que é importante para
elas e suas famílias, já batalharam muito e uma gravidez muitas vezes tem
consequências desastrosas. É preciso se preocupar sim. A fertilidade é baixa,
mas existe.
Portanto, a pílula pode sim, ser usada criteriosamente em
faixas etárias mais perto da menopausa. Existem formulações mais e outras menos
indicadas, por essa razão a opinião médica é muito importante na tomada de
decisão de qual pílula seria mais indicada.
Palavras-chave: pílula anticoncepcional, meia-idade, pré-menopausa, menopausa.
Prof. Antônio Aleixo Neto
Mestre em Saúde da Mulher pela Faculdade de Medicina da UFMG
Mestre em Saúde Pública pela Harvard University
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