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Ressonância magnética e DIU


A ressonância magnética (RM) é um exame que, como um grande ímã, interage com nosso corpo por meio de campos magnéticos fortes e pulsos de radiofrequência para gerar imagens do nosso corpo. Está sendo cada vez mais usada no diagnóstico por imagem da área pélvica e abdominal.



Como a ressonância produz um campo magnético muito forte, é preciso se certificar que nenhum objeto metálico esteja por perto durante o procedimento, mesmo que seja um simples grampo de cabelo. Portadores de alguns marcapassos, cateteres e outros dispositivos implantáveis não devem fazer o exame.

E o DIU? Especialmente o DIU de cobre? E o DIU de cobre + prata? E o DIU hormonal?

Vários estudos mostram que um DIU não se move sob a influência do campo magnético, não aquece durante as sequências spin-eco normalmente usadas para imaginologia pélvica e não produz artefatos. Pacientes com qualquer tipo de DIU podem ser visualizados com segurança com RM e as imagens de RM da pelve não são degradadas pela presença de DIU.

CONCLUSÃO:

Considera-se os exames de RM seguros para mulheres usuárias de DIU de cobre, cobre + prata ou DIU hormonal. O cobre a prata não são ferromagnéticos e o DIU hormonal também não tem nenhum composto magnético.
Portanto, do ponto de vista radiológico e ginecológico não há contraindicações para realizar a ressonância magnética em usuárias de DIUs.


Palavras-chave: ressonância magnética, DIU, DIU de cobre, DIU de cobre e prata, DIU hormonal, radiologia.

Prof. Antônio Aleixo Neto

Mestre em Saúde da Mulher pela Faculdade de Medicina da UFMG

Mestre em Saúde Pública pela Harvard University

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