O DIU Hormonal ou endoceptivo (Mirena®) é uma estrutura
plástica em forma de “T” de 32 mm de comprimento com um cilindro contendo uma
mistura de um plástico permeável (polidimetilsiloxano) e 52 mg de um tipo de
progestogênio (levonorgestrel). Este cilindro é revestido por uma membrana que
regula a liberação do hormônio.
A estrutura do “T”
está impregnada com sulfato de bário, tornando o endoceptivo visível ao RX.
Após sua inserção, o progestogênio (levonorgestrel), é liberado em doses de 20
mcg por dia. Difere dos DIUs medicados com cobre pelo fato da ação hormonal
local inibir a proliferação endometrial, espessar o muco cervical, além de
inibir a mobilidade espermática e destruí-los. Como consequência dessa ação
endometrial, o Mirena tende a diminuir o fluxo menstrual e a dismenorreia
(cólicas menstruais). Muitas usuárias param de menstruar durante seu uso.
Sendo assim o Mirena é altamente indicado, não só como
contraceptivo, mas também para as mulheres que tenham fluxo menstrual intenso e
doloroso ressalvado as contraindicações.
Média de fluxo menstrual em usuárias de Mirena
A sua ação de espessamento do muco cervical também dificulta a ascensão de germes para dentro da cavidade uterina, diminuindo a
incidência das Infecções Sexualmente Transmissíveis.
A sua eficácia é uma das
melhores entre os contraceptivos (99,5% por ano de uso) e embora a bula no Brasil não tenha ainda sido alterada, nos Estados Unidos a sua duração dentro do útero já autorizada pelo FDA é de oito anos.
Palavras-chave: Mirena, endoceptivo, Diu hormonal, fluxo menstrual.
Prof. Antônio Aleixo Neto
Mestre em Saúde da Mulher (UFMG)
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