É uma condição associada principalmente à menopausa. Nessa
fase, e mesmo na pré-menopausa, os estrogênios circulantes diminuem
gradativamente, podendo causar sintomas gerais, tais como o conhecido
“fogacho”, mas também sinais e sintomas na vulva e no canal vaginal. Outras
condições que predispõem à atrofia genital são: radioterapia, quimioterapia e
algumas alterações hormonais e imunológicas.
Os sintomas mais comuns são: ressecamento vaginal, falta ou
diminuição da lubrificação, ardor, prurido, incômodo e dor na relação sexual,
queimação, etc.
O diagnóstico é baseado nas queixas e no exame ginecológico.
O esfregaço colhido para fazer a prevenção do câncer do colo do útero pode
auxiliar bastante. A predominância de células para-basais, basais e mesmo
intermediárias, servem como um indicador muito bom do estado da mucosa genital.
Se o esfregaço mostra indícios de atrofia não há que se fazer dosagens de
hormônios para mostrar o que já se sabe.
Células para-basais
O tratamento dependerá de uma série de fatores, tais como
idade e se tem outros sintomas ou não.
Por exemplo: uma mulher com cerca de 50 anos presentando
fogachos provavelmente demandará uma terapia sistêmica, com uso de hormônios,
além da terapia local.
Se não tem fogachos, poderá ser tratada com hormônios
tópicos, como estriol, conjugados equinos ou promestrieno.
Também são recomendados lubrificantes no momento do ato
sexual, pelo menos temporariamente, e os hidratantes vaginais que devem ser
usados a cada 3 dias, com ótimos resultados.
Uma nova opção é o tratamento local com laser fracionado C02,
cujo principal problema, no momento, é o alto custo.
Palavras-chave: atrofia genital, vaginite atrófica, menopausa, lubrificantes, hidratantes, laser.
Prof. Antônio Aleixo Neto
Mestre em Saúde da Mulher (UFMG)
Master in Public Health (Harvard University)
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