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Existe cura para o HPV?


HPV é a abreviação em inglês para “papiloma vírus humano”. É um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos, assim como na vulva, vagina, colo de útero, pênis, saco escrotal e ânus.


A importância desse vírus é que ele tem mais de 150 tipos ou variações e algumas delas são consideradas a causa primária do câncer do colo do útero. Sabe-se que são poucas portadoras do HPV que evoluirão para este câncer, mas, é importante que se tome medidas preventivas para que isto não ocorra.




Como você adquire o HPV?

O HPV genital é transmitido através do contato com a pele ou mucosa de alguém que tenha uma infecção por HPV. O contato inclui sexo vaginal, anal e oral e também com objetos contaminados, tais como vibradores. Alguns tipos de HPV causam verrugas genitais (condilomas) que são nódulos duros e ásperos que crescem na pele e mucosas e outros tipos que causam lesões (manchas) no colo do útero.


Abraço

O câncer do colo do útero é hoje considerado uma DST (Doença Sexualmente Transmissível).

O HPV é comum?

As infecções por HPV são as infecções sexualmente transmissíveis mais comuns nos Estados Unidos, no Brasil e talvez no mundo todo. Qualquer pessoa sexualmente ativa pode estar sujeita a adquirir o HPV.

Existem outros fatores que facilitam a transmissão e a virulência do HPV: tabagismo, mulheres com atividade sexual precoce, múltiplos parceiros e com o sistema imune deprimido.
Estima-se, que no Brasil surjam mais de 16 mil novos casos de câncer do colo do útero por ano.

Quais são os sintomas do HPV?

Na maioria dos casos, o HPV não causa sintomas. Quando ocorrem, os sinais e sintomas mais comuns são verrugas na área genital. Estes, no entanto, não estão relacionados com o câncer do colo uterino. Outros tipos podem aparecer semanas, meses ou mesmo anos após a pessoa ter sido infectada com o vírus. Ele fica em estado latente (adormecido). Por esse motivo não é possível determinar se o contágio foi recente ou antigo. Geralmente levam a pequenas “manchas" no colo uterino, que só o médico consegue detectar através do exame ginecológico e principalmente a colposcopia.



Condilomas


Como diagnosticar a infecção pelo HPV?

Não há exames de sangue para o HPV, mas alguns testes podem ajudar seu médico a diagnosticar a infecção:


Teste de Papanicolau - Durante este teste, o profissional de saúde remove uma amostra de células do colo do útero que será remetido a um laboratório para análise das células.

Colposcopia – É um exame em que um especialista usa um instrumento chamado de colposcópio, que emite um feixe de luz de alta intensidade e amplia a visão do colo do útero.
As lesões subclínicas (“manchas) que não visíveis ao olho nu podem ser encontradas através da colposcopia e não apresentam nenhum sintoma ou sinal.

No colo do útero um bom colposcopista pode distinguir as chamadas:

· Lesões Intra-epiteliais de Baixo Grau/Neoplasia Intra-epitelial grau I (NIC I), que refletem apenas a presença do vírus;

· das Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau/Neoplasia Intra-epitelial graus II ou III (NIC II ou III), que são as verdadeiras lesões precursoras do câncer do colo do útero.
Caso necessário, será efetuada uma biópsia.

Teste de DNA de HPV (PCR) - Este teste procura diretamente o material genético (DNA) do HPV dentro de uma amostra de células. O teste pode detectar se a mulher tem o HPV e qual o tipo dele, se tem potencial de risco com o câncer cervical. Pode ser efetuado em mulheres com mais de 30 anos e associado ao Papanicolaou. Caso sejam normais, a mulher pode ser repetir apenas de 5/5 anos.

Afinal, há cura para o HPV?

Não, não há tratamento específico para eliminar o vírus. Entretanto, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV, mas sim suas manifestações: manchas, verrugas, etc.

O tratamento das lesões clínicas de baixo grau (manchinhas) deve ser individualizado, dependendo da extensão, número e localização. Podem ser usados laser, eletro cauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.

Eletrocautério

Já o tratamento apropriado das lesões precursoras (alto grau) é imprescindível, para que não evoluam para o câncer do colo uterino. As diretrizes brasileiras recomendam, após confirmação colposcópica ou histológica, a extirpação dessas Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau, por meio da eletrocirurgia.



Palavras-chave: HPV, câncer do colo uterino, manchas do colo uterino, colposcopia, Papanicolaou, Teste de DNA, sintomas HPV, cura HPV.


Prof. Antônio Aleixo Neto

Mestre em Saúde da Mulher (UFMG)
Master in Public Health (Harvard University)

OBS: Este título foi obtido após a apresentação do nosso trabalho: Incidence of cervical cancer in Brazil and an analysis of etiology and risk factors.

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