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ATÉ QUAL IDADE É IDEAL PARA ENGRAVIDAR?


Um dos fatores que os casais devem levar em conta ao planejar uma gravidez é a idade da futura mamãe.

Hoje em dia, a progressiva atuação das mulheres no mercado de trabalho e a consequente necessidade de aprimoramento educacional, está levando-as a adiarem a sua primeira gravidez. Atualmente mais de 30% das gravidezes no Brasil são em mulheres com mais de 30 anos.




O adiamento da gravidez pode levar a dois principais problemas:

1) O aumento do risco da Síndrome de Down

Vejam nessa tabela que o risco sobe exponencialmente com o passar da idade, sendo que

na faixa de 44 anos em cada 30 gravidezes nascerá um bebê com Síndrome de Down

Isso é considerado um risco muito grande.

Vejam nesta tabela o aumento do risco da Síndrome de Down*:



Faixa etária
Risco
20
1/1527
25
1/1352
30
1/895
35
1/280
40
1/97
42
1/55
44
1/30
*Snidjers and al.


 2) Diminuição da fertilidade

A partir dos 35 anos a fertilidade - que até então é estável - começa a diminuir progressivamente, devido à diminuição da quantidade e da qualidade dos óvulos.
Um bebê do sexo feminino nasce com cerca de 2 milhões de óvulos. Na puberdade já diminuirão para 400 mil. E progressivamente a quantidade vai caindo e os óvulos vão envelhecendo, daí os dois problemas mencionados.

Óvulo no momento da ovulação




Na figura abaixo vemos a diminuição da fertilidade de acordo com a idade.

 



Pode-se notar que a fertilidade é estável até lá pelos 35 anos de idade. Depois vai decrescendo rapidamente.

Portanto, ao planejar uma gravidez não deixar de levar em conta o risco de Síndrome de Down e a diminuição da fertilidade em mulheres com mais de 35 anos.

Quando uma mulher tem expectativa que só poderá engravidar acima dos 35 anos, a alternativa seria a criopreservação dos óvulos. Ou seja, coletá-los e congelá-los. No entanto, o custo é alto e muitas mulheres não terão essa opção


Palavras-chave: infertilidade, fertilidade, óvulos, gravidez, idade para engravidar, Síndrome de Down.

Prof. Antônio Aleixo Neto
Mestre em Saúde da Mulher pela Faculdade de Medicina da UFMG
Mestre em Saúde Pública pela Harvard University
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