O que é uso típico
de um método anticoncepcional? É aquele uso do dia-a-dia, sem o controle rígido
das pesquisas científicas. Exemplos: o preservativo que pode sair sem querer, o
esquecimento de pílulas, a ejaculação antes da retirada do pênis no coito
interrompido, e por aí vai.
Quando você lê uma bula, geralmente está indicado a taxa de
falhas pelo uso teórico, que é
obtida em pesquisas controladas. Se uma mulher esquece de tomar uma pílula, por
exemplo, ela é excluída da pesquisa.
No gráfico abaixo, embora não incluído todos os métodos,
vê-se claramente os mais eficazes e os menos eficazes. O implante é o mais
eficaz no uso típico por que, uma vez inserido debaixo da pele, ele não sai, a
não ser se for removido pelo médico. Comparativamente, os DIUs são também muito
eficazes, porém, podem ocasionalmente, sair da posição ideal, sem que a
usuária perceba.
Outra constatação clara do gráfico é que a eficácia depende
também da idade da usuária. Exceto o implante, todos os outros métodos são mais
eficazes em mulheres acima de 25 anos. Ou seja, quanto mais jovem, mais
sujeitas a gravidezes estão as usuárias de vários métodos, principalmente da
pílula, preservativo, coito interrompido e tabela. Observem o caso das usuárias
de pílula, que é o método mais usado no Brasil. As falhas podem chegar a 8
gravidezes para cada 100 usuárias! É preocupante e são dados de estatísticas
internacionais.
Portanto, na escolha de um método contraceptivo, não basta
que ele seja teoricamente eficaz, mas que também a eficácia prática seja alta.
Podemos observar que os métodos com menos falhas são: o implante, os DIUs e os
injetáveis.