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Alguns mitos sobre pílulas

 

É necessário um período de descanso para mulheres que tomam pílula depois de algum tempo de uso?

Falso:

Esta é uma das crenças mais comuns sobre a pílula, até mesmo por alguns profissionais de saúde. A ideia de se fazer uma parada temporária (ex. 1 mês para cada ano de uso) pode ter suas origens no fato de que as pílulas mais antigas tinham doses altas de hormônios. Algumas pessoas também acham que esta interrupção é necessária para não comprometer os níveis de fertilidade. No entanto, não há nenhuma razão cientificamente provada para as usuárias de pílula fazerem um descanso no seu uso. De fato, além de não ser necessária, a usuária fica desprotegida e inúmeras mulheres engravidam neste intervalo e “descansam “nove meses de gravidez. Além disso, como os efeitos colaterais geralmente ocorrem nos primeiros meses de uso da pílula, muitas vezes cedendo depois de um tempo, as mulheres ao reiniciarem a pílula podem ter esses efeitos colaterais novamente.

Pilula fev2015

O período mais perigoso para o esquecimento de um comprimido é no meio da cartela?

Falso:

Este mito parece ter vindo da ideia de que a ovulação ocorre no meio do ciclo menstrual de uma mulher. No entanto, as mulheres que tomam a pílula não estão ovulando. Os ovários estão em estado de repouso. Quando esquece uma pílula apenas, o bloqueio dela sobre os ovários é interrompido, independentemente da época do esquecimento. No entanto, o esquecimento de apenas um dia dificilmente leva ao risco de uma ovulação, exceto se acontecer no início da cartela. Por quê? Lembre-se que a usuária já ficou sete dias sem tomar a pílula entre as duas cartelas. Neste período o ovário volta a funcionar e se a mulher esquecer a 1ª. pílula da cartela seguinte pode ser a conta para ovular. Portanto, o tempo menos perigoso para uma mulher esquecer pílulas está no meio da cartela e o mais perigoso é no início.

O uso da pílula pode levar à infertilidade?

Falso:

Este mito pode ser decorrente do fato de que várias mulheres que usam a pílula anticoncepcional só a interrompem para engravidar lá pelos 35 ou mais anos, numa época em que a sua fertilidade natural diminuiu. Essas mulheres muitas vezes terão uma maior dificuldade de engravidar e acham que a pílula as tornou inférteis, quando, na verdade, o problema está relacionado com a idade. Além disso, uma mulher (ou seu parceiro) pode ter um problema de fertilidade, mas ele nunca foi observado antes porque eles não estavam tentando engravidar. Em realidade, pode-se argumentar que a pílula muitas vezes contribui para a preservação da fertilidade das mulheres, uma vez que reduz a incidência de uma série de condições que têm impacto sobre a fertilidade (ex. endometriose, miomas).

Palavras-chave: pílula anticoncepcional, ovulação, gravidez, infertilidade.

Dr. Antônio Aleixo Neto

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