Quase todo mundo já deve ter ouvido falar de miomas. Ah, minha mãe tem, minha tia teve que tirar o útero, etc.
Mioma uterino é um tumor benigno do musculo liso do miométrio, que é a parede do útero. Não se sabe por que ocorre, mas, é muito frequente: incide em cerca de 1/5 das mulheres. Entre os fatores de risco destacam-se a história familiar, mulheres afrodescendentes, obesidade e o baixo número de filhos. Para se ter uma ideia, uma mulher com dois filhos tem um risco diminuído pela metade em relação a outra sem filhos. Quanto maior a idade também maior o risco, até a chegada da menopausa.
A maioria das portadoras de miomas não apresentam sintomas, pelo menos durante certo tempo. São progressivos e dependerá do tamanho e da localização. O mais frequente é a menstruação com fluxo abundante, algumas vezes com coágulos. A dor talvez seja o menos frequente.
O diagnóstico pode ser feito através do toque bi manual no exame ginecológico, confirmado e quantificado pela ultrassonografia.
O tratamento pode ser expectante, ou seja, observar seu desenvolvimento ao longo de determinado tempo. Para muitas mulheres poderá ser a melhor conduta, uma vez que após a menopausa o tamanho dos miomas tende a diminuir e geralmente são assintomáticos. Outras terão que fazer a miomectomia (retirada dos miomas) ou mesmo a histerectomia (retirada do útero). O DIU hormonal pode ser interessante para diminuir os sintomas e diminuir as chances de cirurgia, além de ser poderoso contraceptivo.
Em outras postagens escreveremos mais sobre aspectos específicos dos miomas uterinos.
Palavras chave: mioma, leiomioma, hemorragia uterina.
Dr. Antônio Aleixo Neto
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