Pular para o conteúdo principal

Implante contraceptivo - IMPLANON

O implante disponível no Brasil é denominado Implanon   e consiste num bastonete não-biodegradável de 4 cm de comprimento por 2 mm de espessura, contendo no seu interior 68 mg de etonogestrel.




O etonogestrel é o metabólito ativo do desogestrel, progestágeno de última geração utilizado em diversas pílulas anticoncepcionais. Os implantes são considerados um dos mais modernos sistema de contracepção já criado.



O Implanon libera na circulação aproximadamente 60-70 µg/dia de etonogestrel no início do uso, diminuindo para aproximadamente 35-45 µg/dia no final do primeiro ano, 30-40 µg/dia no final do segundo ano e 25-30 µg/dia no final do terceiro ano.
Portanto, ele dura três anos e por isso é considerado um método contraceptivo de longa ação.

O mecanismo de ação é a inibição da ovulação.

EFICÁCIA: 99,9%  É considerado como o anticoncepcional mais eficaz entre todos existentes.

O produto é fornecido pré-embalado em um aplicador estéril, chamado de NXT, descartável, que permite sua inserção fácil e rápida.


É feito um pequeno botão anestésico no braço e efetuada a inserção logo abaixo da pele. O tempo médio de inserção é de 28 segundos. 


CONTRA-INDICAÇÕES


Como os demais anticoncepcionais que possuem apenas um derivado da progesterona, o Implanon tem muito menos contra-indicações do que os métodos combinados (progesterona + estrogênio).
Como exemplo: o Implanon pode ser usado por:

Tabagistas
Portadoras de enxaqueca com aura
Hipertensas
Mulheres com história anterior de trombose venosa
Lactantes
Por mulheres de qualquer idade
Portadoras de endometriose
Miomas
ETC.

EFEITOS COLATERAIS

O efeito colateral mais comum consiste na alteração do padrão menstrual típico. A usuária pode deixar de menstruar em muitos casos, mas também é frequente pequenos sangramentos ocasionais (spotting).
Outros efeitos possíveis são: acne, dor nas mamas, pele oleosa.

Palavras-chave: implante contraceptivo, método de longa duração, etonogestrel, progestágeno, NXT.

Prof. Antônio Aleixo Neto

Mestre em Saúde da Mulher pela Faculdade de Medicina da UFMG

Mestre em Saúde Pública pele Harvard University

© Todos os direitos reservados

Postagens mais visitadas deste blog

O que significa mancha branca no colo do útero?

As manchas brancas que aparecem no exame colposcópicos do colo uterino são lesões decorrentes de cervicite crônica (inflamação crônica do colo), geralmente sem significado clínico importante, ou então, lesões causadas pelo HPV, que têm importância variável, dependendo do tipo de imagem. MANCHAS BRANCAS O Papanicolaou (citologia de prevenção do câncer) detecta as células anormais oriundas destas manchas, classificando-as em: normais, displasia leve, moderada ou grave. É um exame indireto das lesões. Já a colposcopia (exame através de um colposcópio, que é um aparelho binocular de grande aumento), tem uma visão direta das lesões. Este exame colposcópico permite verificar pequenas nuances de relevo, de extensão e coloração das imagens de maneira que se pode inferir o grau de importância e gravidade da mesma. Dependendo dos achados, o ginecologista poderá recomendar um acompanhamento periódico, uma biópsia, uma cauterização ou até mesmo uma cirurgia. COLPOSCÓPIO O exame

9 FATOS QUE VOCÊ DEVE CONHECER SOBRE CONDILOMA ACUMINADO

Condiloma acuminado é uma verruga sexualmente transmissível causado por determinados tipos de HPV (Papiloma Vírus Humano).     Pode aparecer principalmente na vulva, no períneo, na vagina, no colo do útero, no pênis, no saco escrotal, no ânus, na boca e na faringe. Condiloma na boca e na vulva Ele em si, não se transforma em câncer, embora, quando da contaminação, a mulher possa ter tido contato com outros tipos de HPV que tenham potencial de causar o câncer do colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus ou da faringe. É extremamente contagioso. O período de incubação pode variar de dias a semanas, ao contrário de outros tipos de HPV, que podem levar até anos para se manifestarem. O tratamento pode ser feito com cauterizações ou por aplicação de medicamentos, e pode demorar. O parceiro deve ser cuidadosamente avaliado. Criocautério Pode ser prevenido pela vacina quadrivalente, contra HPV.

DIU DESLOCADO OU MAL POSICIONADO (1ª. parte)

Algumas vezes num Ultrassom pélvico de rotina ou porque a usuária tinha algum sintoma, o laudo descreve que o DIU está mal posicionado. Às vezes também no exame ginecológico de rotina os fios do DIU não estão visíveis. E aí? Pode ser DIU mal posicionado. Um DIU mal posicionado pode ser descrito como:  - localizado no segmento uterino inferior ou já no canal do colo do útero - rodado - incrustado no miométrio - parcialmente expelido através do colo uterino - perfurando o útero, parcial ou totalmente - expulso, totalmente na vagina DIU PERFURANDO O ÚTERO Não há um consenso de quantos milímetros poderia estar o DIU distante do fundo da cavidade. 10, 20, 30 mm? Em realidade não existem estudos adequados para esta avaliação. Nossa posição – junto com outros pesquisadores – é de que esta distância não é tão importante, desde que o DIU de cobre esteja acima do orifício interno do colo uterino. Um DIU mal posicionado facilitar uma gravidez?  Se o DIU “mal posicion