Pular para o conteúdo principal

Contraceptivo transdérmico

O contraceptivo transdérmico (nome comercial= Evra) consiste num sistema adesivo de liberação diária de 150 mcg de norelgestromina (estrógeno) e 20 mcg de etinil-estradiol (estrógeno), que são absorvidos pela pele.
evra2




Cada adesivo de contraceptivo transdérmico de 20 cm2 contém um total de 6 mg de norelgestromina e  0,60 mg de etinil-estradiol. São destinados a serem utilizados por períodos de sete dias cada. A norelgestromina é o metabólito principal do norgestimato. 
A absorção dos hormônios pela pele evita a primeira passagem hepática, podendo haver uma redução nos efeitos colaterais (p. ex. náuseas) e uma menor dosagem hormonal.

Modo de uso


A primeira aplicação do adesivo deve ser feita no primeiro dia da menstruação e utilizado por uma semana. No 8o. dia, ou seja, no mesmo dia da semana em que aplicou o primeiro adesivo, a mulher deve retirar o adesivo antigo e colocar um novo para a segunda semana. No 15o. dia deverá repetir o procedimento. No 22o. dia o adesivo deverá ser retirado e se iniciará um período de sete dias sem o uso do mesmo. No mesmo dia da semana se iniciará um novo ciclo de adesivos.
Os adesivos deverão ser aplicados em região de pele saudável, limpa e seca de: nádegas, parte superior e externa do braço, abdome ou parte superior do tronco (exceto mamas). Na troca, o adesivo não deve ser colocado na mesma área. Deve-se evitar a aplicação de cremes, óleos, protetores solares e cosméticos na área de aplicação do adesivo.


Modo de ação

O contraceptivo transdérmico age de maneira similar às pílulas combinadas, através da supressão da ovulação e secundariamente pela ação periférica: o muco cervical torna-se viscoso e espesso, impedindo a passagem do espermatozóide, o endométrio torna-se inadequado para a implantação do ovo e pode haver alterações peristálticas nas tubas. Uma das características da contracepção transdérmica são as concentrações séricas hormonais estáveis, sem as flutuações características das pílulas.
Eficácia

Os estudos já realizados mostram um Índice de Pearl (número de gravidezes por 100 mulheres no período de um ano) de 0,59 para o uso correto a 0,71 para os casos de uso incorreto da usuária.

Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais relatados são:
   Cefaléia
   Desconforto mamário
   Reações na pele
   Dismenorréia (cólicas mentruais)

No entanto, a taxa de abandono para cada um destes efeitos é menor que 2,5%, no período de um ano.
Com a exceção do primeiro ciclo, quando a incidência de spotting (sangramento escasso, gotejamento) e sangramento intermenstrual pode chegar a 20%, o controle de ciclo ao longo de um ano é adequado para a grande maioria das pacientes (94%).
Apenas 2% dos adesivos necessitam ser trocados devido ao descolamento total.

Contra-indicações

São similares às das pílulas combinadas.

Interações medicamentosas

São também similares aos outros contraceptivos hormonais.         

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que significa mancha branca no colo do útero?

As manchas brancas que aparecem no exame colposcópicos do colo uterino são lesões decorrentes de cervicite crônica (inflamação crônica do colo), geralmente sem significado clínico importante, ou então, lesões causadas pelo HPV, que têm importância variável, dependendo do tipo de imagem. MANCHAS BRANCAS O Papanicolaou (citologia de prevenção do câncer) detecta as células anormais oriundas destas manchas, classificando-as em: normais, displasia leve, moderada ou grave. É um exame indireto das lesões. Já a colposcopia (exame através de um colposcópio, que é um aparelho binocular de grande aumento), tem uma visão direta das lesões. Este exame colposcópico permite verificar pequenas nuances de relevo, de extensão e coloração das imagens de maneira que se pode inferir o grau de importância e gravidade da mesma. Dependendo dos achados, o ginecologista poderá recomendar um acompanhamento periódico, uma biópsia, uma cauterização ou até mesmo uma cirurgia. COLPOSCÓPIO O exame

9 FATOS QUE VOCÊ DEVE CONHECER SOBRE CONDILOMA ACUMINADO

Condiloma acuminado é uma verruga sexualmente transmissível causado por determinados tipos de HPV (Papiloma Vírus Humano).     Pode aparecer principalmente na vulva, no períneo, na vagina, no colo do útero, no pênis, no saco escrotal, no ânus, na boca e na faringe. Condiloma na boca e na vulva Ele em si, não se transforma em câncer, embora, quando da contaminação, a mulher possa ter tido contato com outros tipos de HPV que tenham potencial de causar o câncer do colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus ou da faringe. É extremamente contagioso. O período de incubação pode variar de dias a semanas, ao contrário de outros tipos de HPV, que podem levar até anos para se manifestarem. O tratamento pode ser feito com cauterizações ou por aplicação de medicamentos, e pode demorar. O parceiro deve ser cuidadosamente avaliado. Criocautério Pode ser prevenido pela vacina quadrivalente, contra HPV.

O fio do meu DIU sumiu! O que eu faço?

Todos os modelos de DIU, de cobre ou hormonais, têm um ou dois fios presos na sua ponta. A função deles é facilitar a sua remoção. Basta o médico puxa-los com uma pinça e o DIU é facilmente removido. Os fios são de nylon fino e não interferem na relação sexual. Geralmente após a inserção, os médicos os cortam e deixam apenas 2 cm para fora do colo do útero. No entanto, uma parte das usuárias de DIU são avisadas pelo médico, após algum exame, que os fios não estão visíveis na entrada do canal do colo do útero. Neste caso existem três possibilidades: 1. A mais comum é que o fio tenha se deslocado para dentro do canal cervical ou da cavidade uterina. Isto pode acontecer por que o útero tem contrações durante o ato sexual, exercendo uma força de sucção para dentro. 2. Outra possibilidade é que tenha havido perfuração uterina e que o DIU esteja na cavidade abdominal. Isto pode ser comprovado ou não através de um exame de ultrassom. Se já tiver feito o exame, não precisa ficar repetin