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Mirena


O endoceptivo (Mirena®) é uma estrutura plástica em forma de “T” de 32 mm de comprimento com um cilindro contendo uma mistura de um plástico permeável (polidimetilsiloxano) e 52 mg de um tipo de progestogênio (levonorgestrel). Este cilindro é revestido por uma membrana que regula a liberação do hormônio. A estrutura do “T” está impregnada com sulfato de bário, tornando o endoceptivo visível ao RX. Após sua inserção, o progestogênio (levonorgestrel), é liberado em doses de 20 mcg por dia. Difere dos DIUs medicados com cobre pelo fato da ação hormonal local inibir a proliferação endometrial, espessar o muco cervical, além de inibir a motilidade espermática e destruí-los. Como conseqüência dessa ação endometrial, além da contracepção, o endoceptivo tende a diminuir o fluxo menstrual e a dismenorréia (cólicas menstruais). A sua ação no muco cervical permite diminuir a incidência das Infecções Sexualmente Transmissíveis. A sua eficácia é a melhor entre todos os contraceptivos (99,9% por ano de uso). A sua duração dentro do útero é de cinco anos.




Benefícios além da contracepção

Embora o Mirena tenha uma alta eficácia, longa duração e praticidade, ele tem a característica de beneficiar a mulher em vários outros aspectos:

  • Alívio dos sintomas da endometriose, principalmente a dor pélvica crônica
  • Diminuição do volume uterino e do sangramento em pacientes com adenomiose
  • Diminuição ou interrupção do sangramento menstrual 
  • Diminuição do sangramento menstrual em pacientes com determinados miomas
  • Prevenção da hiperplasia endometrial
  • Melhora acentuada das cólicas menstruais
  • Melhora da TPM
Deve ficar claro que não são todas as mulheres que serão beneficiadas, mas a grande maioria apresenta uma melhora apreciável da qualidade de vida. Na Finlândia, mais de 60% das mulheres que inseriram o Mirena para tratamento da hemorragia uterina deixaram de fazer histerectomia (retirada do útero), que é uma cirurgia de grande porte e que tem seus riscos.


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