Eficácia? Não.
Os DIUs de
cobre e prata previnem a gravidez da mesma maneira: o cobre é liberado em forma
de íons que atuam inibindo a capacitação fertilizadora dos espermatozoides e
inibindo a motilidade deles.
Outra ação é
uma reação inflamatória que o DIU causa no endométrio, em resposta ao corpo
estranho que ele é. Esta reação libera a ação de várias substâncias tóxicas ao
espermatozoide, tais como: leucócitos, prostaglandinas e citocinas.
A prata é
apenas um fino núcleo, não corrosível, que diminui a possibilidade de
fragmentação do fio de cobre. Ele não é eliminado.
Portanto, a
eficácia dos dois tipos de DIU: cobre e prata, teoricamente é a mesma.
Formato:
Talvez, a
principal diferença entre os dois tipos seja o formato: Os chamados de prata
têm um formato de YPSILON e assim, os braços horizontais deles se adaptam
melhor à curvatura da cavidade uterina. Talvez isto explique a sensação de
várias usuárias de menor incidência de cólicas e menor fluxo menstrual do que
os DIUs de cobre.
Já os DIUs
de cobre existem mais frequentemente em formato de T e em formato de ferradura.
Os DIUs em formato de T possuem um anel de cobre em cada braço horizontal,
tornando possível uma duração de 10-12 anos, ao contrário de todos os outros
DIUs de cobre e prata, que é de 5 anos.
Todos os
DIUs têm na sua estrutura um polietileno embebido com sulfato de bário, o que
os torna radiopacos. Também têm um par de fios de coloração variável.
A validade
de esterilização é a mesma; 7 anos e a volta à fertilidade é imediata após a
remoção.
Custo-benefício: ambos são considerados LARCs
(Contraceptivos Reversíveis de longa duração) e têm a melhor relação
custo/benefício entre todos os métodos contraceptivos.
Resumo: são poucas as diferenças entre os
DIUs de cobre e prata. Ambos são livres de hormônios, não interferem na
lactação, não afetam a libido, podem ser usados em quase toda vida fértil da
mulher, são convenientes e não requerem atenção diária da mulher.
Palavras-chave: DIU de prata, DIU de cobre, formato do DIU, Custo-benefício.
Prof. Antônio Aleixo Neto |
Mestre em Saúde da Mulher pela Faculdade de Medicina da UFMG |
Mestre em Saúde Pública pela Harvard University |
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