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COLETOR MENSTRUAL E USO DE DIU

  Nos últimos anos, o uso do coletor menstrual tem se disseminado mais entre as mulheres. Existem dois tipos: O Coletor menstrual , propriamente dito, que é aquele que faz um vácuo após a inserção e; O Disco menstrual , utilizado mais para quem relações sexuais durante a menstruação.   Os primeiros estudos mostravam que o uso de coletores menstruais não aumentava o risco de expulsão dos DIUs. E essa era nossa orientação. No entanto, os últimos trabalhos mostram que sim, os coletores menstruais aumentam o risco de expulsão dos DIUs em 3 X. Ou seja, as usuárias de coletores com DIU têm uma taxa de expulsão em torno de 17% , contra 5% entre as que não usam coletores. O Disco menstrual não foi estudado, mas, teoricamente, deve aumentar as taxas de expulsão também, devido à tração dos fios dos DIUs.   Portanto, as usuárias de DIU + coletor menstrual devem saber sobre esse fato e decidirem que desejam correr este risco ou não. Palavras chave: coletor menstrual, DIU, disco menstrual,

VAGINOSE BACTERIANA - 8 COISAS QUE VOCÊ DEVE SABER

Vaginose bacteriana é uma síndrome em que ocorre a substituição da flora bacteriana habitual da vagina -- onde predomina o Lactobacillus -- por uma flora poli microbiana que inclui: Gardnerella vaginalis, Prevotella, Mobiluncus, Mycoplasma, Atopobium vaginae e outros germes. Muitos chamam resumidamente de Gardnerella , por que esta bactéria é a mais presente nesta síndrome, mas, como vimos, não a única.      1. O que causa a Vaginose? Ainda não se sabe porque esta flora anormal passa a dominar o ecossistema vaginal em algumas mulheres e não em outras. Entre os fatores predisponentes salientam-se: · Mulheres com vida sexual ativa · Mulheres com vários parceiros sexuais · Baixa imunidade · Mulheres com ectopia (“ferida”) do colo uterino · Usuárias de DIUs de cobre · Uso de ducha vaginal As raças brancas e asiáticas são menos predispostas à vaginose bacteriana, assim como as usuárias de qualquer método contraceptivo hormonal.   2. A Vaginose Bacteriana é um

O que é Mirena?

O DIU Hormonal ou endoceptivo (Mirena®) é uma estrutura plástica em forma de “T” de 32 mm de comprimento com um cilindro contendo uma mistura de um plástico permeável (polidimetilsiloxano) e 52 mg de um tipo de progestogênio (levonorgestrel). Este cilindro é revestido por uma membrana que regula a liberação do hormônio.   A estrutura do “T” está impregnada com sulfato de bário, tornando o endoceptivo visível ao RX. Após sua inserção, o progestogênio (levonorgestrel), é liberado em doses de 20 mcg por dia. Difere dos DIUs medicados com cobre pelo fato da ação hormonal local inibir a proliferação endometrial, espessar o muco cervical, além de inibir a mobilidade espermática e destruí-los. Como consequência dessa ação endometrial, o Mirena tende a diminuir o fluxo menstrual e a dismenorreia (cólicas menstruais). Muitas usuárias param de menstruar durante seu uso. Sendo assim o Mirena é altamente indicado, não só como contraceptivo, mas também para as mulheres que tenham flux

O fio do meu DIU sumiu! O que eu faço?

Todos os modelos de DIU, de cobre ou hormonais, têm um ou dois fios presos na sua ponta. A função deles é facilitar a sua remoção. Basta o médico puxa-los com uma pinça e o DIU é facilmente removido. Os fios são de nylon fino e não interferem na relação sexual. Geralmente após a inserção, os médicos os cortam e deixam apenas 2 cm para fora do colo do útero. No entanto, uma parte das usuárias de DIU são avisadas pelo médico, após algum exame, que os fios não estão visíveis na entrada do canal do colo do útero. Neste caso existem três possibilidades: 1. A mais comum é que o fio tenha se deslocado para dentro do canal cervical ou da cavidade uterina. Isto pode acontecer por que o útero tem contrações durante o ato sexual, exercendo uma força de sucção para dentro. 2. Outra possibilidade é que tenha havido perfuração uterina e que o DIU esteja na cavidade abdominal. Isto pode ser comprovado ou não através de um exame de ultrassom. Se já tiver feito o exame, não precisa ficar repetin

Quanto tempo depois do parto pode ser colocado o DIU?

 Existem várias ocasiões para isso: 1)      Logo após o parto normal    É um momento muito interessante para se colocar o DIU. Lembrar que são milhões de mulheres que têm parto anualmente e muitas estão muito dispostas a um método contraceptivo eficaz, embora a taxa de expulsão e deslocamento sejam altas (45%). Os estudos mostram que a conveniência da inserção supera o potencial de expulsão. Naquelas em que se observar o deslocamento ou expulsão na revisão pós-parto, faz-se a troca imediatamente. Pode ser colocado com a pinça de Foester, Winter, Kocher, ou qualquer outra após a saída da placenta. É um procedimento muito adequado para áreas periféricas e rurais, onde a paciente custa a voltar para revisão pós-parto. De alguma forma ela já estará protegida e o fato de estar usando o DIU a induz buscar assistência médica no puerpério (cerca de um mês após o parto). 1)      Logo após a cesariana Momento muito adequado porque a técnica de inserção do DIU é feita sob visualização dir

O que significa LARC?

  Esta abreviatura vem do inglês Long-Acting Reversible Contraceptives , ou seja, Contraceptivos Reversíveis de Longa Ação. São métodos de longa duração, que podem ser utilizados por 3 ou mais anos. Exemplos: DIUs e Implantes. Eles têm se mostrado cada vez mais aceito pelas mulheres, devido à praticidade e segurança. Primeiramente eles libertam as mulheres do uso diário de pílulas, que é um grande problema, uma vez que o esquecimento ou mal uso das pílulas ou injetáveis é a causa de cerca de 40% das gestações indesejáveis. Por outro lado, têm uma eficácia excelente, entre 99,4 e 99,8%, ou seja, praticamente idêntica à ligadura de trompas, sem necessidade de cirurgia, com a vantagem de serem reversíveis. Os DIUs têm a opção de serem não hormonais ou hormonais. Estes últimos têm apenas um hormônio derivado da progesterona ( levonorgestrel ) e em doses muito baixas e prioritariamente de ação local. Não têm estrogênios. A duração é entre 5 e 7 anos. Não são nada comparáveis às pílul