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Editorial: Adolescência, sexualidade e contracepção

Nas últimas décadas grandes transformações sociais ocorreram no Brasil e no m undo, levando a uma mudança acentuada dos padrões de comportamento sexual, principalmente entre os adolescentes. O aconselhamento sexual das famílias e das escolas muitas vezes não acompanhou essas mudanças, ficando distanciado da realidade dos jovens. Resultado: apenas cerca de 1/3 dos jovens usaram algum método contraceptivo na primeira relação sexual, se expondo a uma gravidez indesejável ou a uma doença sexualmente transmissível, sendo que 80% iniciam a vida sexual antes dos 17 anos. A falta de informações e conhecimento, a dificuldade de acesso aos métodos anticoncepcionais, o pensamento mágico de que “nada vai dar errado”, o medo de a família descobrir, levam os adolescentes a este descuido perigoso. No entanto, isso não precisaria ser assim. É importante saber que, em geral, as adolescentes podem usar quase todos os métodos contraceptivos e deveriam ter acesso fácil a várias opções. A idade em si n

Como o Mirena® funciona?

  Mirena® é um DIU hormonal em forma de T que, após a inserção dentro do útero, libera o hormônio levonorgestrel , que é similar à progesterona, um dos hormônios que a mulher produz nos ovários. Esta liberação acontece em doses muito baixas (20mcg/24h), pelo menos cinco vezes menor que nas pílulas anticoncepcionais orais. Este hormônio promove o afinamento da camada que reveste a cavidade uterina (endométrio) de forma que esta não fique suficientemente espessa para possibilitar gravidez, além de espessar e engrossar o muco cervical no canal cervical (abertura para o útero), de forma que o espermatozoide encontre um obstáculo para entrar no útero e fertilizar o óvulo. A presença física do Mirena associada à eliminação do levonorgestrel também inativa as propriedades reprodutivas do espermatozoide (alterações nos movimentos e na sua forma) impedindo que ele fecunde um óvulo. Portanto, a ação do Mirena® é mais local, embora eventualmente a ovulação possa ser inibida. Palavras-chave: DI

Cuidados com os cabelos na gravidez

A questão é: os produtos químicos utilizados podem causar algum malefício ao embrião ou feto? A mãe estará disposta a que seu bebê corra algum perigo em nome do seu embelezamento? São questões e respostas difíceis. Existem diversos tipos de tratamento para os cabelos (tintura, luzes, permanente, clareamento, alisamento, hidratação, escova progressiva, escova inteligente) e dezenas de nomes em inglês, que só servem para confundir ainda mais. Os produtos usados nestes tratamentos têm substâncias químicas diversas, metais pesados – como o chumbo -, e não se sabe seus efeitos no bebê. É verdade que apenas uma pequena quantidade de qualquer produto aplicado no couro cabeludo é absorvida pelo organismo, mas não sabemos seus malefícios. A quantidade do produto, a frequência de uso, a época da gravidez; tudo pode influenciar nos possíveis efeitos no bebê. Alguns são notoriamente nocivos à saúde: caso do formol. Ele é um composto tóxico e pode causar problemas respiratórios, dores de cabeça, v

Pílula do dia seguinte: perguntas mais frequentes.

  Pílula de emergência ou pílula do dia seguinte é um método que usa um hormônio (levonorgestrel) em dose alta, para impedir uma gravidez. É um método de emergência , para ser usado apenas em condições especiais, exemplo: · Preservativo que arrebentou · Ter ficado mais de três dias sem tomar a pílula comum · Em caso de violência sexual · Relação sexual sem nenhuma proteção contraceptiva Qual pílula tomar? Hoje em dia recomenda-se o uso da apresentação mais moderna, que tem apenas uma pílula com 1,5 mg de levonorgestrel. Existem várias no mercado e não são caras. Quando? O mais rapidamente possível, dentro de no máximo 72h. A eficácia é tanto maior quanto mais cedo tomar. 95% nas primeiras 24h, caindo para 85% e 60%, no segundo e terceiro dias, respectivamente. Caso a menstruação atrase mais de cinco dias, deve-se fazer um teste de gravidez. Como age? Impedindo a fecundação ou retardando ou inibindo a ovulação. A pílula do dia seguinte não age numa gravidez em andamento. Tem e

FIQUEM ATENTAS!

  Existem diversos medicamentos que diminuem o efeito dos hormônios contidos nas pílulas, injeções e outros anticoncepcionais hormonais, podendo levar a falhas e potenciais gravidezes indesejadas. Saibam quais: Rifampicina (Rifaldin®)- antibiótico usado para tratamento de tuberculose. Griseofulvina (Sporostatin®) – antifúngico, usado para tratamento de micoses da unha, do cabelo e pé-de-atleta. Difenil-hidantoína (Hidantal®) – anticonvulsivante. Fenobarbital (Gardenal®) – anticonvulsivante. Carbamazepina (Tegretol®) – anticonvulsivante. Primidona (Primid®) – anticonvulsivante. Hypericum perfuratum (Erva de São João) – anti-depressivo natural. Palavras-chave: anticoncepcionais, anticonvulsivantes, interação medicamentosa. Dr. Antônio Aleixo Neto

Qual é a faixa etária ideal para uma mulher ser vacinada contra HPV?

As sociedades médicas recomendam a vacinação o mais precoce possível, segundo o ideal de proteger as mulheres antes mesmo que haja a primeira relação sexual. Existem duas vacinas. Ambas estão licenciadas a partir dos 9 anos de idade. A faixa etária de mulheres que podem se beneficiar da prevenção primária contra HPV aprovada pela ANVISA é de: Vacina Cervarix: Acima de 9 anos e SEM limite de idade. Vacina Gardasil: De 9 a 26 anos. Palavras-chave: HPV, vacinas Antônio Aleixo Neto